terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Então o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá; a vaca e o urso se fraternizarão, suas crias repousarão juntas, e o leão comerá palha com o boi.
A criança de peito brincará junto à toca da víbora, e o menino desmamado meterá a mão na caverna da áspide.
Não se fará mal nem dano em todo o meu santo monte, porque a terra estará cheia de ciência do Senhor, assim como as águas recobrem o fundo do mar. Isaias 11:6-9


Quando se aproximam as datas comemorativas de final de ano é inevitável, lembro das promessas de um novo Céu e de uma nova Terra. Acho que muitos que lêem os versos poéticos do profeta Isaias imaginam um filme épico como o Senhor dos Anéis.
Como será esta harmonia, este fenômeno de equilíbrio da natureza? Hoje totalmente irreal se em datas tão angelicais não conseguimos colocar na mesma sala parentes do mesmo sangue, nem se quer por um motivo nobre – lembrar do nascimento de Jesus.
Na sala é possível ouvir o ranger de dentes, o rosnar, as piscadas nervosas e a troca de olhares de crítica. Os seres humanos entenderam que – suportando uns aos outros em amor, incluía isso também.
Os grupos se dividem entre os festeiros, que fazem de conta que não estão vendo nada, entre os hipócritas que representam ano após ano o seu papel, e os mais sinceros e rudes que abrem o jogo e dizem abertamente que detestam estes momentos.
Qual o sentido de tudo isso?
Talvez o mais elementar seja começar a treinar os “animais” a uma convivência pacifica e sadia. Lógico que o objetivo mais nobre sem dúvida é lembrarmos, do amor de Deus que olhou para nós mesmo enxergando tanta mesquinhez. Hora difícil de perdoar os que nos magoaram e reconhecendo nossos erros pedirmos perdão aquém nós magoamos.
Mas precisamos lembrar de uma recomendação de Jesus: ...sem mim nada podeis fazer João 15:5. Isso implica em desistir de ter razão, em matar a própria carne, em enxergar a nossa imperfeição. Não há como melhorar esta carne, a não ser fazendo com que ela morra. Este é o grande desafio quando nos tornamos herdeiros desta promessa de futuro com real harmonia, conforme as instruções de Paulo:
Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Gálatas 2:20.
Aposto que se fizermos isso este será de fato um NATAL INESQUECÍVEL.