quarta-feira, 10 de março de 2010

Projeto de lei - Castração de pitbulls

O preço da liberdade.

Amigos dos cães, desculpe, mas os números e circunstâncias estão contra nós (criadores responsáveis).

Como comparar 1000 mensagens contrarias ao projeto e mais de 7000 a favor.

Vítimas fatais e mutilados por cães de ataque, com criadores responsáveis.

Acho que começamos um pouco tarde.

Sou pela liberdade, pelo direito de expressão, pelo direito de escolha, pelo direito a vida, mas já assisti inclusive em exposição internacional de cinofilia briga entre pit boys que traziam seus pit cães para desfilar.

Se hoje enfrentamos os sérios problemas de distorção de temperamento e erros de manejo de muitas raças, nós ditos criadores responsáveis fomos os primeiros culpados.

Produzindo linhagens partindo de retro cruzamentos, fortalecemos qualidades e grandes defeitos. Deformamos fisicamente algumas raças como o pastor alemão, o bullterrier, o próprio desenvolvimento da raça pitbull.

Não sejamos hipócritas, em exposição canso de ver nossos colegas escolher o local do acampamento longe dos cães de ataque. Passar com cautela e redobrado cuidado por estes cães junto aos seus handles na pista.

Chorar agora a decisão há anos anunciada de uma castração em massa? Esse é o preço que teremos de pagar por querermos ser mais que Deus. Em nome da estética incorremos em distorção de temperamento, pelo lucro imediato, não limitamos a criação nem selecionamos os compradores.

Tenho uma amiga que mora na Av. São João, o prédio no centro velho de São Paulo já foi melhor freqüentado, a um quarteirão da cracolandia ela não tem porte de arma, só anda na rua acompanhada do seu bebe, um maravilhoso Pitbull extremamente fiel em bem educado. Mas vai se meter com ele, ele sabe a que veio ao mundo. E nós criadores responsáveis também sabemos.

Os cães de ataque são cães desenvolvido para serem trabalhadores, para terem atividade constante, para se exercitarem e não para ficarem confinados nem para serem treinados para street fighter. Deus nos deu este mundo como herança e permitiu que “dominássemos sobre a criação”. Como estamos exercendo este domínio? Como homens – os escolhidos de Deus ou como do Dr. Frankenstein. Sempre choro no final do filme quando vejo o sofrimento daquela figura criada pelo homem, que só queria devotar todo seu amor – ao seu pai.

Tudo seria muito diferente se tivesse havido menos hipocrisia e mais responsabilidade desde o início.

PS. para quem questionar minha opinião sinta-se à-vontade.

Sou bióloga formada pela USP – Ribeirão Preto, tendo feito vários trabalhos sobre comportamento animal.

Sou registrada no KCSP no grupo 08 e em 05 anos de canil, registrei 03 ninhadas de cocker spaniel inglês. Sou pela posse responsável.

Sempre tive em minha casa desde que nasci pelo menos um cão. Não farei campanha contra a castração.

Esta situação atinge duramente os Clubes de Criadores e a fragilidade de suas estruturas. A conscientização da nossa responsabilidade esta em nossas mãos.

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