domingo, 30 de agosto de 2009

Entro no ano complementar de meio século de vida.



Como sempre não espero pelos cumprimentos dos amigos mas vejo este dia como um momento de ouro para fechar para balanço.
Recebo todos os dias uma dezena de email, alguns inspirados, alguns superficiais outros tantos absolutamente inúteis. Vivemos em um país cuja cultura não valoriza a palavra.

Com muita facilidade as pessoas falam vou, e sabem que não irão.
Não tenho, quando são só egoístas. Acham que o simples fato de falar que tem vai provocar o olho gordo do fulano e fazer secar a sua pimenteira. Nisso a maioria acredita.
Não fui eu, e foi, mas como “ninguém viu...”. Te amo, quando na verdade querem dizer me ame, eu estou precisando, assim por diante.
Com uma banalização tão grande da palavra, me vêm à mente “frases de ouro”, que temos usado sem nenhuma profundidade:

Deus é fiel – e daí? ELE sempre foi. E você? É fiel? Aposto que nem a você mesmo.
Na multidão dos conselheiros esta a sabedoria. Não tenho encontrado muitos sábios ultimamente, nem conselheiros. Já na multidão de palpites dados “de graça”, encontro muita vaidade, sardinha puxada para o próprio prato e uma baita confusão de opiniões nada imparciais.
Desculpa de aleijado é muleta. Já vi cara matar a mãe, a avó, na cara dura. A mentira é como dizem os matadores, incomoda só a primeira vez, depois sai que nem quiabo. Isso não é Maquiavelismo, é cachorrada.

Um dia a casa cai. Organizações, Instituição e afins, que defendi de unhas e dentes acabaram se revelando grandes charadas. Descobri então que aquele negócio de direito a réplica, nesta área não existe, o último que sair apague a luz, em boca fechada não entra mosca.
Mitos ou verdades? Você decide. Um divórcio é pior que a falência, grande verdade. Ouvi muitas vezes um amigo falar que o homem que trai a esposa não é confiável. Permita me completar, não só suspeitol, é um canalha, é um estúpido, afinal traiu sua sócia meeira. Fez péssimo negócio, péssimo administrador de crises. Conheço homens que perderem até as calças. Hoje segundo estatísticas as mulheres traem mais, fumam mais, bebem mais, usam mais cocaína. Aprendemos direitinho.
Igualdade de direitos. Saímos da era colonialista e coronelista para ficarmos sem eira nem beira. Ah! Está aí a diferença no número de neurônios. Antes tínhamos alguém que se sentia responsável, provedor. Hoje, as mulheres trabalham mais, continuam ganhando menos, dividem as despesas ou assumem as despesas, muitas são Paem (mães de filhos de pais totalmente ausentes). Sofrem assédio, humilhações. Morrem mais de infarto que os homens e outras pragas. O que ganhamos mesmo quando aquelas infelizes queimaram os soutians?

Homer Simpson é alcoólatra. Assisti ainda ontem “Simpsons – O filme”. Me peguei em altas elucubrações. Que família dos diabos. Parecia até que eu estava assistindo “Beleza americana versão teens”, tudo a ver. Homer alcoólatra assumido com orgulho, obeso, vagabundo, sacana, traira, mal visinho, hipócrita, arroz de festa, crente vira-casaca, pai ausente e sádico, um egoísta de carteirinha. Margge, nem Jaime Kemp daria jeito, codendente, já esqueceu até porque entrou nesta roubada, culta, inteligente, capaz. Enfia sempre o pé na lama por aquele monte de excremento. Bart – iniciado no álcool na primeira década da sua vida, em conflito sabe que é o retrato do pai mas sente ódio disso. O que ele mais ama ele reconhece que é abominável, já é um adulto arruinado aos dez anos. Liza – quer tirar o pé da lama, é o protótipo da mulher atual que tem capacidade de dar a volta por cima, é inteligente como a mãe, militante, engajada, politicamente correta, mas odeia a mãe que não reage e o pai abusivo. Como toda sonhadora escolhe o caminho do amor, precisa amar ser amada preencher este vazio – olha a zona de perigo. Meggi – ainda vai dar o que falar ama incondicionalmente a mãe em que confia, mas já sabe que o pai não vale nada, o enfrenta em cena hilária com o terceiro quirodáctilo em riste (deu para entender?) Achei chato dizer, mas manda mesmo o pai para aquele lugar! Que feio hein? E são batistas de carteirinha.

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